Ata da reunião do centro acadêmico de história 25/02/2014

Pautas:
-Projeto da Diretoria da FFLCH de instalação de câmeras nos prédios e o corte do orçamento no departamento de história e em toda usp implementado pela nova reitoria.
(Acabamos discutindo apenas a questão das cameras. Sobre o orçamento divulgaremos melhor a discussão a partir das decisões do conselho universitário que aconteceu nessa terça também)
Deliberações:
-Campanha “Fora Big Brother da USP”- campanha visual com “camêras” espalhadas pelo prédio
-Articulação com outros centros acadêmicos para construir a campanha em conjunto.
-Texto com o debate sobre a relação entre as camêras e a vigilancia e criminalização do movimento. (para ser divulgado para os estudantes)
-Texto para ler para os professores na plenária departamental do dia 11/03 chamando-os a serem contrários a essa proposta. Esse texto também será levado a próxima Congregação da FFLCH.
-Video que mostre diversos casos de pessoas que precisaram de imagens de cameras de segurança e ainda assim não tiveram acesso a elas, como em casos de violência no CRUSP, desmascarando assim o argumento de que o objetivo da implementação das cameras seja apenas de segurança.

– Atos contra as injustiças da copa do mundo e o ato do dia 8 de março, dia de luta da mulher.
– Acompanharmos os dois foruns que estão organizando os atos, o “Comitê Popular da Copa” e o “Contra a Copa”, tentando contribuir para que esses dois forúns se unifiquem.
-Organização de um bloco unificado para o próximo ato no dia 13/03, propondo essa iniciativa para os demais Centros Acadêmicos.
-Discutir, na próxima assembleia da história, a possibilidade de paralisação no dia 13/03, dia de ato contra as injustiças da Copa.
-Oficina de materias para divulgar o ato na sexta dia 28/02, as 18h.

-Definição do dia da plenária eleitoral para as eleições de gestão do centro acadêmico e de representantes discentes na Congregação da FFLCH.
-Assembleia da história no dia 11/03, terça-feira. Pautas: Definição da data das eleições do CAHIS e Ato do dia 13/03, “Se não tiver transporte não vai ter Copa”

Primeira Reunião do Centro Acadêmico de História!

 

Bem vindxs! 2014 está apenas começando, e queremos convidar a todxs, calourxs e veteranxs, para algumas discussões importantes que já estão rolando. Todas as terças acontecem as reuniões do centro acadêmico de história, às 18h na salinha do CAHIS, dentro do espaço aquário. Queremos apresentar um pouco das pautas dessa primeira reunião:

-Projeto da Diretoria da FFLCH de instalação de câmeras nos prédios e o corte do orçamento no departamento de história e em toda usp implementado pela nova reitoria.

A universidade passa por um processo cada vez maior de restrição de seu espaço – que deveria ser público. Temos muros no entorno, catracas em alguns prédios, etc. Na FFLCH não possuímos catracas, porém a Faculdade pretende instalar em breve câmeras em todos os prédios. Pode parecer inicialmente que essa medida diz respeito apenas à “segurança”, no entanto é muito questionável todas as medidas de segurança que a universidade implementa. Isso porque existem diversos locais bastante inseguros na universidade que não possuem iluminação ou câmeras. Tanto funcionários quanto estudantes têm observado problemas com relação a essa medida, pois isso seria uma forma de controle mais efetivo dos trabalhadores em seus lugares de trabalho, e também uma forma de controlar as ações dos alunos, como por exemplo, inibir que estudantes organizem piquetes, que são instrumentos fundamentais para se garantir uma greve sem que os estudantes sejam prejudicados.

Outra questão fundamental a ser debatida diz respeito ao corte orçamentário implementado pelo novo reitor. Estão suspensas as contratações de funcionários e docentes, e o início de obras até serem feitas novas avaliações do orçamento da usp.

 

– Atos contra as injustiças da copa do mundo e o ato do dia 8 de março, dia de luta da mulher.

2014 já começou com importantes mobilizações contra as injustiças da copa do mundo e exigindo melhorias em diversas áreas sociais como educação, moradia, transporte, etc. No dia 24 de janeiro aconteceu o primeiro ato que resultou em forte repressão, com Fabrício sendo baleado pela polícia. Nesse último fim de semana ocorreu o segundo ato contra as injustiças da Copa, que tinha como tema central a reivindicação por melhorias na educação. Cerca de 2000 manifestantes compunham o ato, enquanto o efetivo policial dos governos contava com 2300 policiais. Em menos de uma hora de ato um batalhão cercou aleatoriamente diversos manifestantes, e usou de violência para detê-los e levá-los para as delegacias. A própria policia admite que prendeu os manifestantes para “averiguação” pois segundo o coronel da PM o “serviço de inteligência notou que eles partiriam para atitudes violentas. Tínhamos informações de uma iminente probabilidade de quebra da ordem.”

Os governos tem colocado a polícia para agir de maneira truculenta nos diversos protestos pelo Brasil todo, na tentativa de nos intimidar de ir às ruas protestar contra gastos excepcionais feitos com dinheiro público, enquanto a maior parte da população tem uma educação sucateada, tem que sofrer com o caos do transporte público, não tem acesso a saúde de qualidade e sofre com a especulação imobiliária. Mas não vamos sair das ruas! Lutar não é crime!

Convidamos todxs a virem debater esses atos, assim como ajudar a construir o ato do dia 13/03 ” Se não tiver transporte não vai ter copa!” , e também o ato do dia 8 de março, dia de luta da mulher.

 

-Definição do dia da assembleia eleitoral para as eleições de gestão do centro acadêmico e de representantes discentes na Congregação da FFLCH.

Nesse início de ano teremos as eleições de gestão para o centro acadêmico de história. A data das eleições será definida em uma assembleia, assim como a comissão eleitoral. E entre os dias 24 e 26 de março acontecerão as eleições de representantes discentes na Congregação da FFLCH.

Calendário:

Terça-feira, dia 25/02

Reunião do CAHIS

Quarta-feira, dia 26/02

Reunião do coletivo feminista Maria Bonita

Às 18h, na sala do CAHIS

Centro Acadêmico de História Luiz Eduardo Merlino

Basta de homofobia!

Nota de repúdio à agressão a ex-aluno
No último domingo, dia 02/02, o ex-estudante e ex-diretor do CABio Juliano Zequini Polidoro sofreu uma agressão motivada por homofobia na Rua Augusta. Essa nota é um repúdio a agressão, à homofobia, mas também de apoio ao estudante e sua atitude de fazer a denúncia, o B.O. e sua exposição para falar sobre o acontecido.Sabemos que nada disso é fácil, que a dor não é só dos ferimentos como o próprio disse em seu relato, mas sua coragem foi maior e gostaríamos que sua atitude sirva de exemplo, para que nenhuma homofobia passe em silêncio, como se fosse normal, natural. Para acabar com a homofobia precisamos que esta seja reconhecida como crime, assim como o racismo e a violência contra a mulher, pois nunca seremos um país democrático se não pudermos ser e amar da maneira como sentimos, como é de nossa natureza. A homossexualidade não é uma aberração como muito se ventila na opinião pública, nossa sexualidade, identidade de gênero e orientação sexual são características do nosso ser e é um direito humano vivê-las como bem entendermos.Entretanto se escrevemos essa nota é porque não é assim hoje. Durante todo o ano de 2013 (o mesmo em que o povo brasileiro chacoalhou as estruturas do país) Marco Feliciano, um machista, racista e homofóbico presidiu a comissão de direitos humanos, e fez de tudo para aprovar o projeto facistóide da “cura gay”. Só em janeiro de 2014, 34 pessoas foram assassinadas com motivação homofóbica, uma inclusive na mesma rua Augusta. Em outro caso a polícia considerou que tinha sido suicídio. De quantas mortes, espancamentos, xingamentos, humilhações a LGBTT’s vamos assistir até que não culpem a vítima? A criminalização da homofobia, pauta histórica do movimento LGBTT (desde que se denominava GLS) nunca foi tão urgente.
Gestão “Mais vale o que será”

* Nota do centro acadêmico da biologia