Ata da Assembleia dos Estudantes de História – dia 11/03

Informes:
-5ª REUNIÃO DO GRUPO DE TRABALHO NACIONAL DE UNIVERSIDADE POPULAR

5ª REUNIÃO DO GRUPO DE TRABALHO NACIONAL DE UNIVERSIDADE POPULAR


-grupo de estudos zapatistas
https://calendario.sarava.org/pt-br/evento/grupo-de-estudos-libert%C3%A1rios-pensamento-zapatista
-Assembleia de organização da Caminhada Lésbica , no sábado às 14h
https://www.facebook.com/events/274989145987294/?fref=ts
-Acampada do juntos, dias 14, 15 e 16

Programação do Festival Acampada do Juntos SP!


-Encontro de Negros e Negras da CSP-Conlutas, dia 23/0.
http://cspconlutas.org.br/2014/02/vem-ai-o-1-encontro-nacional-de-negras-e-negros-da-csp-conlutas/
-VIII Assembleia Nacional da ANEL, dia 21/03.
http://anelonline.com/?p=1800
-Espaço de Unidade de Ação, dia 22/03.
http://cspconlutas.org.br/2014/03/tudo-sobre-o-encontro-nacional-do-espaco-de-unidade-de-acao/
-Assembleia dos Estudantes da FFLCH dia 19/03, às 18h no vão livre.
-Ato na Congregação da FFLCH contra a instalação de camêras na FFLCH, dia 20/03, às 14h.

Encaminhamentos:
-Nota de apoio a luta dos estudantes da EACH.
-Concentração às 16h na quinta-feira, com oficina de materiais e conversa entre os alunos para pensarmos medidas de segurança.
-Conversar com os professores que dão aula na quinta-feira para que não passem lista ou deem paralisação no dia 13/03, por causa do ato.
-Eleições do centro acadêmico na semana do dia 12/05.
-Comissão eleitoral (responsável por divulgar o processo) Lucas, Gabriel, Leandro, Will, Nayara, Gabriele

-Assinatura da nota do coletivo feminsta Maria Bonita
CARTA ABERTA DE REPÚDIO AO ROUBO DO DINHEIRO DO PEDÁGIO DA HISTÓRIA DO DIA 17/02

Chegou ao conhecimento do Coletivo Feminista Maria Bonita que parte do dinheiro arrecadado no pedágio do curso de História do dia 17/02 foi roubado pelo aluno Denis De Blasiis, do sexto ano da História. Na gravação, cuja transcrição pode ser encontrada na página do Coletivo Feminista Maria Bonita no Facebook, feita por Emerson (Chewie) no dia 25/02, Denis admite ter pegado 1/3 da arrecadação total (ou seja, R$600,00) para dividir com mais duas pessoas. O caso é especialmente grave, porque havia sido acordado anteriormente em reuniões da Comissão de Calourada que metade do dinheiro arrecadado seria doado para a aluna Suzane Jardim, também da História, que foi jogada do quarto andar de um prédio após chamar um homem de machista no final do ano passado.

Como Suzane precisa de ajuda com os custos do tratamento e do auxílio médico, nós, do Coletivo Maria Bonita, nos dispusemos a fazer uma campanha financeira para ela. Compreendemos que o ocorrido tem origem no machismo enraizado em nossa sociedade e nos recusamos a ficar caladas perante uma violência que é fruto de uma opressão sistematizada e que se reflete em nossas vidas diariamente, de diferentes formas; além disso, sabemos que é papel do feminismo chamar a atenção de todxs aos casos de machismo que ocorrem constantemente ao nosso redor. Dessa forma, tivemos a postura de liderar essa campanha.

Mas, ao mesmo tempo, entendemos que é importante a participação de todxs nessa campanha, então propusemos à Comissão de Calourada da História que parte do dinheiro do pedágio fosse para Suzane. O machismo é uma realidade concreta, da qual todxs nós fazemos parte. Essa bandeira deve ser levantada e defendida amplamente, inclusive em momentos de confraternização – que é o caso da calourada e do pedágio.

Do dinheiro roubado, R$300,00 pertencem à Suzane. Esse foi o acordo feito entre todxs os envolvidos na organização da calourada e do pedágio. Denis, ao roubar esse dinheiro e tentar defender seu ato atacando o Coletivo Feminista, foi profundamente machista. Seu ato é injustificável. Esse dinheiro seria revertido completamente para ajudar a nossa companheira em um momento difícil de sua vida. Esse roubo anula todo o esforço de enfatizar a importância da consciência coletiva na luta contra as opressões, além de privar Suzane de um dinheiro que pagaria três das suas constantes sessões de fisioterapia.

Suzane foi uma vítima de um sistema machista e racista dentro do qual todxs nós vivemos. Se nós temos condições de ajudá-la nesse momento de dificuldade, temos que nos unir e trabalhar juntxs para defender essa causa. Não importa os motivos que Denis De Blasiis apresente, nada justifica esse crime por ele cometido. Além de pegar um dinheiro que não era dele e de atacar o Coletivo Feminista diversas vezes em sua fala (demonstrando claramente sua mentalidade machista), ele ignorou uma decisão coletiva de lutar abertamente contra o machismo.

Nós viemos por meio dessa carta aberta repudiar as ações de Denis De Blasiis e reafirmar: MACHISTAS NÃO PASSARÃO!!!!! Convidamos todxs a compartilharem esse texto e divulgarem esses acontecimentos por toda a USP, para que deixemos claro que nenhum caso de machismo será perdoado ou esquecido.

 

Todo apoio a greve dos garis do Rio de Janeiro!

Todo apoio a greve dos garis do Rio de Janeiro!

Nos ultimos dias os trabalhadores da limpeza urbana do Rio de Janeiro tem protagonizado uma importante greve por melhores condições de trabalho. Os garis reivindicam aumento dos salarios e dos tiquetes alimentação, além do pagamento de horas extras para quem trabalha em domingos e feriados. Diante dessas importantes reivindicações o Tribunal Regional do Trabalho do Estado do Rio de Janeiro (TRT/RJ) declarou no ultimo sabado a “abusividade e ilegalidade” da greve, determinando o imediato retorno dos garis ao trabalho. No mesmo dia aconteceu uma importante passeata desses trabalhadores que foi duramente reprimida pelo Batalhão da Polícia Militar.
O prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, na tentativa de desmobilizar os garis e acabar com a greve determinou a demissão daqueles que não voltassem ao trabalho. Mas a mobilização continua, e hoje (sexta-feira) foi realizada uma nova assembleia da categoria e um novo ato foi marcado para amanhã, sábado, as 10h na Central do Brasil.
O centro acadêmico de história apoia a greve dos garis do Rio de Janeiro por melhores condições de trabalho e contra a repressão do governo!

Assembleia dos estudantes de história-11/03/14

-Terceiro ato contra as injustiças da Copa “Se não tiver transporte não vai ter copa!”
Na próxima quinta-feira acontecerá o terceiro ato contra as injustiças da Copa, que terá como tema “Se não tiver transporte não vai ter copa!”. A Copa do Mundo da FIFA tem despertado grande indignação por todo o país. Enquanto mais de 30 bilhões dos cofres públicos foram investidos na Copa, diversas areas sociais são deixadas de lado, como educação, saúde, transporte, moradia, etc. Os dois ultimos atos foram duramente reprimidos pelos governos, na tentativa de intimidar todos aqueles que são contrarios a essas injustiças. Queremos nessa assembleia debater os atos e as lutas contra as injustiças da Copa e nos organizarmos para participar do ato de quinta-feira, dia 13/03, às 18h no Largo da Batata.

-Projeto da instalação de cameras na FFLCH

A reitoria e a direção da FFLCH querem instalar câmeras de segurança em todos os prédios da faculdade, e isso sem qualquer consulta aos estudantes – de novo, não podemos participar das decisões na USP!
Com o argumento de garantir mais segurança, esse projeto de vigilância já se provou ineficiente em todas as vezes que foi aplicado. E foi exatamente assim quando a reitoria assinou o convênio com a PM. Agora, por trás desse argumento, querem manter os espaços estudantis e os próprios estudantes o tempo todo sob seus olhos. Sabemos que essas gravações não vão servir pra nos ajudar: nos casos de violência contra a mulher, por exemplo, em que tentamos buscar as imagens das câmeras que já existem, nos foi negado o acesso. A mesma coisa quando precisamos provar que os estudantes de filosofia que foram presos no ano passado não estavam na reitoria. Como num programa do Big Brother ou no livro de George Orwell – e com o mesmo argumento de “quem não deve, não teme”! –, querem acompanhar cada passo do movimento estudantil, das festas, das reuniões, dos nossos hábitos… para saber o que fazemos e usarem isso como quiserem.
E esse projeto vem, ainda por cima, num momento em que a reitoria acaba de anunciar que não vai renovar várias bolsas estudantis, além das que já foram cortadas. Não tem dinheiro pra assistência estudantil, pra pesquisa, pra contratação de professores e funcionários, mas tem pra comprar tecnologia de vigilância pra FFLCH inteira!
Não perca:
19/03 Assembleia dos estudantes da FFLCH para debater esses temas!
ATO na Congregação da FFLCH – vamos fazer um barulho na Congregação pra impedir a instalação de câmeras e também pra garantir que os burocratas não boicotem nossa representação discente por mais uma vez!!!”

-Definição da data das eleições do centro acadêmico de história
No ano passado passamos por uma importante greve em nossa Universidade. Por conta disso, não aconteceram as eleições de gestão para o centro acadêmico de história (que em geral ocorrem no final do ano). Nessa assembleia debateremos a data das próximas eleições, e elegeremos uma comissão eleitoral, que ficará responsável por divulgar todo o processo eleitoral.

Ata da reunião do centro acadêmico de história 25/02/2014

Pautas:
-Projeto da Diretoria da FFLCH de instalação de câmeras nos prédios e o corte do orçamento no departamento de história e em toda usp implementado pela nova reitoria.
(Acabamos discutindo apenas a questão das cameras. Sobre o orçamento divulgaremos melhor a discussão a partir das decisões do conselho universitário que aconteceu nessa terça também)
Deliberações:
-Campanha “Fora Big Brother da USP”- campanha visual com “camêras” espalhadas pelo prédio
-Articulação com outros centros acadêmicos para construir a campanha em conjunto.
-Texto com o debate sobre a relação entre as camêras e a vigilancia e criminalização do movimento. (para ser divulgado para os estudantes)
-Texto para ler para os professores na plenária departamental do dia 11/03 chamando-os a serem contrários a essa proposta. Esse texto também será levado a próxima Congregação da FFLCH.
-Video que mostre diversos casos de pessoas que precisaram de imagens de cameras de segurança e ainda assim não tiveram acesso a elas, como em casos de violência no CRUSP, desmascarando assim o argumento de que o objetivo da implementação das cameras seja apenas de segurança.

– Atos contra as injustiças da copa do mundo e o ato do dia 8 de março, dia de luta da mulher.
– Acompanharmos os dois foruns que estão organizando os atos, o “Comitê Popular da Copa” e o “Contra a Copa”, tentando contribuir para que esses dois forúns se unifiquem.
-Organização de um bloco unificado para o próximo ato no dia 13/03, propondo essa iniciativa para os demais Centros Acadêmicos.
-Discutir, na próxima assembleia da história, a possibilidade de paralisação no dia 13/03, dia de ato contra as injustiças da Copa.
-Oficina de materias para divulgar o ato na sexta dia 28/02, as 18h.

-Definição do dia da plenária eleitoral para as eleições de gestão do centro acadêmico e de representantes discentes na Congregação da FFLCH.
-Assembleia da história no dia 11/03, terça-feira. Pautas: Definição da data das eleições do CAHIS e Ato do dia 13/03, “Se não tiver transporte não vai ter Copa”

Primeira Reunião do Centro Acadêmico de História!

 

Bem vindxs! 2014 está apenas começando, e queremos convidar a todxs, calourxs e veteranxs, para algumas discussões importantes que já estão rolando. Todas as terças acontecem as reuniões do centro acadêmico de história, às 18h na salinha do CAHIS, dentro do espaço aquário. Queremos apresentar um pouco das pautas dessa primeira reunião:

-Projeto da Diretoria da FFLCH de instalação de câmeras nos prédios e o corte do orçamento no departamento de história e em toda usp implementado pela nova reitoria.

A universidade passa por um processo cada vez maior de restrição de seu espaço – que deveria ser público. Temos muros no entorno, catracas em alguns prédios, etc. Na FFLCH não possuímos catracas, porém a Faculdade pretende instalar em breve câmeras em todos os prédios. Pode parecer inicialmente que essa medida diz respeito apenas à “segurança”, no entanto é muito questionável todas as medidas de segurança que a universidade implementa. Isso porque existem diversos locais bastante inseguros na universidade que não possuem iluminação ou câmeras. Tanto funcionários quanto estudantes têm observado problemas com relação a essa medida, pois isso seria uma forma de controle mais efetivo dos trabalhadores em seus lugares de trabalho, e também uma forma de controlar as ações dos alunos, como por exemplo, inibir que estudantes organizem piquetes, que são instrumentos fundamentais para se garantir uma greve sem que os estudantes sejam prejudicados.

Outra questão fundamental a ser debatida diz respeito ao corte orçamentário implementado pelo novo reitor. Estão suspensas as contratações de funcionários e docentes, e o início de obras até serem feitas novas avaliações do orçamento da usp.

 

– Atos contra as injustiças da copa do mundo e o ato do dia 8 de março, dia de luta da mulher.

2014 já começou com importantes mobilizações contra as injustiças da copa do mundo e exigindo melhorias em diversas áreas sociais como educação, moradia, transporte, etc. No dia 24 de janeiro aconteceu o primeiro ato que resultou em forte repressão, com Fabrício sendo baleado pela polícia. Nesse último fim de semana ocorreu o segundo ato contra as injustiças da Copa, que tinha como tema central a reivindicação por melhorias na educação. Cerca de 2000 manifestantes compunham o ato, enquanto o efetivo policial dos governos contava com 2300 policiais. Em menos de uma hora de ato um batalhão cercou aleatoriamente diversos manifestantes, e usou de violência para detê-los e levá-los para as delegacias. A própria policia admite que prendeu os manifestantes para “averiguação” pois segundo o coronel da PM o “serviço de inteligência notou que eles partiriam para atitudes violentas. Tínhamos informações de uma iminente probabilidade de quebra da ordem.”

Os governos tem colocado a polícia para agir de maneira truculenta nos diversos protestos pelo Brasil todo, na tentativa de nos intimidar de ir às ruas protestar contra gastos excepcionais feitos com dinheiro público, enquanto a maior parte da população tem uma educação sucateada, tem que sofrer com o caos do transporte público, não tem acesso a saúde de qualidade e sofre com a especulação imobiliária. Mas não vamos sair das ruas! Lutar não é crime!

Convidamos todxs a virem debater esses atos, assim como ajudar a construir o ato do dia 13/03 ” Se não tiver transporte não vai ter copa!” , e também o ato do dia 8 de março, dia de luta da mulher.

 

-Definição do dia da assembleia eleitoral para as eleições de gestão do centro acadêmico e de representantes discentes na Congregação da FFLCH.

Nesse início de ano teremos as eleições de gestão para o centro acadêmico de história. A data das eleições será definida em uma assembleia, assim como a comissão eleitoral. E entre os dias 24 e 26 de março acontecerão as eleições de representantes discentes na Congregação da FFLCH.

Calendário:

Terça-feira, dia 25/02

Reunião do CAHIS

Quarta-feira, dia 26/02

Reunião do coletivo feminista Maria Bonita

Às 18h, na sala do CAHIS

Centro Acadêmico de História Luiz Eduardo Merlino

Basta de homofobia!

Nota de repúdio à agressão a ex-aluno
No último domingo, dia 02/02, o ex-estudante e ex-diretor do CABio Juliano Zequini Polidoro sofreu uma agressão motivada por homofobia na Rua Augusta. Essa nota é um repúdio a agressão, à homofobia, mas também de apoio ao estudante e sua atitude de fazer a denúncia, o B.O. e sua exposição para falar sobre o acontecido.Sabemos que nada disso é fácil, que a dor não é só dos ferimentos como o próprio disse em seu relato, mas sua coragem foi maior e gostaríamos que sua atitude sirva de exemplo, para que nenhuma homofobia passe em silêncio, como se fosse normal, natural. Para acabar com a homofobia precisamos que esta seja reconhecida como crime, assim como o racismo e a violência contra a mulher, pois nunca seremos um país democrático se não pudermos ser e amar da maneira como sentimos, como é de nossa natureza. A homossexualidade não é uma aberração como muito se ventila na opinião pública, nossa sexualidade, identidade de gênero e orientação sexual são características do nosso ser e é um direito humano vivê-las como bem entendermos.Entretanto se escrevemos essa nota é porque não é assim hoje. Durante todo o ano de 2013 (o mesmo em que o povo brasileiro chacoalhou as estruturas do país) Marco Feliciano, um machista, racista e homofóbico presidiu a comissão de direitos humanos, e fez de tudo para aprovar o projeto facistóide da “cura gay”. Só em janeiro de 2014, 34 pessoas foram assassinadas com motivação homofóbica, uma inclusive na mesma rua Augusta. Em outro caso a polícia considerou que tinha sido suicídio. De quantas mortes, espancamentos, xingamentos, humilhações a LGBTT’s vamos assistir até que não culpem a vítima? A criminalização da homofobia, pauta histórica do movimento LGBTT (desde que se denominava GLS) nunca foi tão urgente.
Gestão “Mais vale o que será”

* Nota do centro acadêmico da biologia

Ata das comissões de calourada

Programação:

Segunda:

11h almoço
13h apresentação do departamento de história
14h apresentação das entidades
15h aula inaugural
pedágio

terça

9h tour pela usp
12h almoço
14h Debate “50 anos de ditadura/repressão/RESISTÊNCIA”
18h apresentação teatral
20h atividade organizada pelo coletivo feminista da história e geografia

 

Manual:

(ideia geral dos textos, para serem feitos até o dia 09/01/2014, data da próxima reunião da calourada, em que eles serão aprovados)

– Projeto de Universidade/Educação (permanência, espaços estudantis, terceirização, privatização da universidade, transporte na USP)

– Greve de 2013

– Manifestações de Junho

-Introdução e apresentação do departamento

-Racismo e cotas

– Lgbt

-machismo

-50 anos de ditadura / repressão / resistência (repressão, copa do mundo, etc)

– Movimento estudantil

 

 

 

 

Audiência Pública caso Luiz Eduardo da Rocha Merlino – sexta-feira dia 13/12


13/12, sexta-feira – Audiência Pública caso Luiz Eduardo da Rocha Merlino

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 TRANSMISSÃO AO VIVO PELA INTERNET

Todas as atividades realizadas na Assembleia Legislativa de São Paulo têm transmissão ao vivo pela internet. Acesse o link http://www.al.sp.gov.br/noticias/tv-alesp/assista/ e escolha no box o Auditório onde ela está sendo realizada.

COMISSÃO DA VERDADE DO ESTADO DE SÃO PAULO “RUBENS PAIVA”
55 11 3886-6227 / 3886-6228
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twitter.com/CEVerdadeSP
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Carta aberta de Suzane Jardim

“Hoje é dia 05 de dezembro. Aniversário de 21 de uma das pessoas que mais amo em minha vida, minha irmã Suzi. Mas não passarei a data ao lado dela e sim, lembrando de como agora há pouco o Seu Sebastião, velhinho boa praça que chegou ontem, morrer no leito ao meu lado após mais de uma hora de esforço médico. Ele foi o segundo que vi falecer desde que fui internada no dia 30 em estado gravíssimo. Após ser jogada do quarto andar de um prédio… Mas esse texto não é sobre meu dia a dia no hospital, toda a minha dor e tudo que perderei nos dias longos que ficarei aqui. O assunto é outro.

Vamos a ele:
Uma bela noite resolvi transar com um homem que eu já havia ficado duas vezes. Senti vontade/tesão e essa é a minha única justificativa e acho que é boa o suficiente pois era algo mútuo e só dizia respeito a nós dois. Após uma longa noite, resolvi confrontar o homem por seu agir, sua fala desrespeitosa, direcionada a mim e a outras mulheres, suas ameaças e sua fala possessiva.

Não foi romântica a nossa primeira vez. Não houve uma discussão frutífera de como ele era uma arma opressora criada pelo patriarcado. Não mandei o meu recado como queria. Apenas cai da janela do quarto empurrada por ele.
Sou solteira. Fui mãe aos 17 anos. Não tenho vontade de casar. Não sou hétero. Sou negra. Desempregada. Tenho problemas psiquiátricos. Falo alto. Danço na rua. Bebo. Fumo. Gosto de sexo. Sou mulher – Se eu não soubesse que ser uma mulher com algumas ou todas essas características faz com que pessoas por aí pensem: “ Deve ter feito algo para o cara ter feito isso” “A história esta mal contada” “ Ela não é santa, deve ter merecido” esse texto não teria porque ser escrito.

Sou um número apenas. Estatisticamente falando, não represento nada. Sei que milhões de mulheres no mundo são humilhadas, oprimidas, violentadas e mortas todos os dias. Sei que ainda mais. Sei que a sociedade contraditoriamente classifica o cara que amamos, casamos, vivemos, transamos desejamos, de “criminoso passional” após ele ter se tornado nosso estuprador, violentador, opressor, assassino (ou quase assassino no meu caso), somente monta um leito confortável e longe dos holofotes para o machismo se esconder – o machismo serve ao sistema e vice-versa e o amor, esse não mata nem oprime.

Entenda a diferença:
1- Jogar qualquer ser humano da janela de um prédio constitui tentativa de homicídio
2- Jogar uma mulher com qual você homem acaba de transar da janela de um prédio, exatamente no momento em que ela joga seu machismo em sua cara e demonstra não ter medo de você na frente de outra mulher é tentativa de homicídio, sexismo, demonstração de superioridade masculina, ameaça para garotas presentes, crime de ódio.
Machismo, isso sim mata e vai continuar fazendo se não gritarmos e lutarmos por nosso simples direito de não sermos violentadas e mortas impunemente.
Autorizei e pedi que amigxs e familiares divulgassem ao máximo meu caso pois vi nele, na improbabilidade da minha sobrevivência e na monstruosidade desse crime, a chance de abrir seus olhos, mulher.

Se você também quer o direito de contestar o que te dói, se quer respeito de seus amigos e parceiros, se quer apenas igualdade, o direito de ser alguém livre e digna, saiba que você o tem desde que nasceu com garantia de que não será exterminada!
Meu direito foi tomado sem permissão e várias liberdades que tinha foram restritas por esse ato: estou presa a uma cama de hospital, com movimentos ultra limitados, fraturas de estado grave, não posso ver ou falar com meu filho, tenho que usar fraldas, após a operações – o que levará meses – carregarei sequelas para toda a vida…Mas sobrevivi e nunca mais me calarão ou poderão tentar achando que minha voz se perderá ao se encontrar com a de milhões.

Não aguarde os extremos!
Imponha-se! Se expresse!
Denuncie! Faço-os ver que não aceitaremos mais o machismo passivamente!
Que a justiça e a lei pensem na mulher!
Sobreviva e lute!

Chorei de alegria em saber que as páginas que curto, pessoas que admiro etc ajudaram o caso a se tornar público. A TV e outras mídias podem fazer suas edições, mas essa carta foi feita para mostrar minha real intenção, minhas reais alegrias e quem realmente agradeço: Quem esta comigo na luta – MACHISTAS NÃO PASSARÃO!
Confesso que não iniciei isso com otimismo ou pensando que teria uma hashtag com meu nome, mas já que assim foi, só agradeço e deixo o último recado amigo a todas as mulheres, amigas e companheiras:

– Não esperem que te lancem em queda livre, mas caso aconteça, aproveite a brisa e aprenda a voar!”

Ata da Assembleia dos Estudantes de História- 26/11/13

Pautas:
1-) Reposição do semestre
2-) Campanha contra a repressão e em defesa dos estudantes processados
3-) Eleições do CAHIS

1-)Reposição do semestre
-Mandar e-mail para todos os estudantes, indicando que se acontecerem problemas com relação a reposição e/ou trabalhos, se procure o CAHIS para que se possa discutir em conjunto com a chefia do departamento.

2-) Campanha contra a repressão e em defesa dos estudantes processados
-Divulgação do abaixo-assinado “Nenhuma punição aos estudantes da USP e retirada imediata dos processos aos 2 estudantes presos!” com passagens em sala.
-Campanha de cartazes no prédio de história e geografia, e em outros cursos que conseguirmos. (Concentração para a colagem dos cartazes na próxima terça, 03/12 às 18h, no Aquário)
-Video com depoimento de estudantes e professores. (Reunião na próxima terça, dia 03/12, às 18h)
-Oficina de craft na quarta dia 27/11, às 18h, no aquário.

3-)Eleições do CAHIS
-Adiamento das eleições do CAHIS para ano que vem. Data a ser discutida na primeira assembleia do ano que vem.

Outros encaminhamentos:
– Doação de 300,00 reiais para a festa “A USP vai ficar preta!”
https://www.facebook.com/events/331881463619658/?fref=ts
-Roda de conversa sobre o balanço da greve – Quinta, dia 5/12, às 18h
-Mutirão de limpeza da sala do CAHIS- Sexta, dia 29/11, às 16h
-Calourada da história unificada com a da geografia – Proposta deixada para ser discutida na reunião da comissão de calourada

-Aprovação da placa com o logo do CAHIS Luiz Eduardo Merlino e doação de metade do valor da placa, que será pago pelo CAHIS.