Eleições do centro acadêmico de história- programa chapa “A Plenos Pulmões”

Chapa “A Plenos Pulmões” – Por um CAHIS aliado aos trabalhadores, proporcional e pela base!

Nesse ano de 2014, vimos por todo o país um protagonismo cada vez maior da classe trabalhadora, mostrando que Junho de 2013 não foi um levante apenas para barrar o aumento das passagens, mas que fez com que estudantes e trabalhadores voltassem a acreditar que é possível vencer! Agora, com a Copa do Mundo cada vez mais próxima, cresce o questionamento aos gastos exorbitantes com a construção dos estádios e infra-estrutura para esse megaevento, que beneficiará apenas a burguesia e os grandes empresários. Tudo isso às custas de mortes de operários nos canteiros de obras, como vimos no Itaquerão, genocídio da juventude negra, remoções violentas da polícia do Estado, turismo sexual de jovens negras, racionamento de água, apagões, e a falta de investimento na saúde, transporte e educação.

 

Na Usp, enquanto a burocracia acadêmica recebe seus super-salários e privilégios, passamos por uma crise orçamentária que já recai sobre as costas dos estudantes e trabalhadores, com cortes de bolsas de pesquisa e ensino, além de arrocho salarial e cortes de terceirizados.

 

Tanto dentro quanto fora da Universidade, é a juventude e a classe trabalhadora que arcam com as crises e os cortes de gastos dos Governos Federal e Estadual para garantir os lucros dos empresários. Por isso, é preciso impulsionar um Movimento Estudantil que, desde as bases, se auto-organize e se alie aos trabalhadores, para que unidos enfrentemos esses ataques!

 

                                   Para democratizar a gestão, que ela seja Proporcional!

 

Acreditamos que uma gestão de CA deva ser proporcional, e não majoritária, como vem sendo nos últimos anos. Isso significa que a gestão não seria composta apenas pela chapa vencedora, com a maioria dos votos, mas por todas as outras que participaram do processo de acordo com a proporção de votos que recebeu.

A gestão proporcional para nós está ligada a uma outra concepção de entidade. Não achamos que uma entidade deva servir aos interesses individuais de qualquer que seja o setor do movimento estudantil, assim como vem sendo nosso CA e nosso DCE, que se afastam cada dia mais da base dos estudantes. As entidades estudantis devem ser uma ferramenta de organização dos estudantes e de debate político sobre as saídas que queremos dar para as questões de dentro e fora da universidade. Para isso, achamos necessário que as diferentes concepções de como responder a essa realidade possam se colocar a prova para que todos possam fazer experiência com essas posições.

Na história que se escute a nossa voz!

 

Somos parte da construção do Coletivo Feminista Maria Bonita da História e Geografia através do grupo de mulheres Pão e Rosas. Acreditamos que a questão da mulher deve ser debatida na universidade e que o movimento estudantil deve levantar as demandas não só das mulheres mas de todos os setores oprimidos, se ligando as trabalhadoras da USP, que possuem as correntes da opressão e exploração em suas vidas. Para nós o capitalismo se apropria da opressão às mulheres, negros, homossexuais, travestis, para extrair uma parcela ainda maior de lucro – a medida que estes setores possuem salarios mais baixos e piores condições de trabalho -, dividindo a classe trabalhadora entre efetivos e temporários, homens e mulheres, negros e brancos. É fundamental que uma entidade estudantil tenha no seu programa um combate ativo a todas as formas de opressão! Devemos estar prontos para responder a todos os casos de machismo, mostrando que nossa universidade está dentro de uma sociedade de classes e, portanto, reproduz os valores machistas da sociedade capitalista e patriarcal. A estrutura de poder da universidade é conivente com a opressão, utilizando a precarização do trabalho dentro da USP, através da terceirização, onde as mulheres negras são a maioria das que ocupam esses postos de trabalho. Assim como a questão da permanência estudantil se acentuar quando falamos de mães estudantes que sofrem com a falta de vagas com estrutura adequada, bolsa-maternidade e creches. Não temos na nossa grade, disciplinas que abordem a questão de genero e sexualidade, retomando as lições que podemos tirar da história de luta dos setores oprimidos.

Nos unificando com as trabalhadoras, buscando ligar suas pautas com as do movimento estudantil, fortalecendo os espaços auto-organizados – como o coletivo Maria Bonita – podemos fazer com que nossas pautas sejam escutadas, fazendo ecoar na reitoria um movimento de mulheres da universidade organizadas com um só punho para combater o machismo na universidade e por em xeque essa estrutura de poder que o mantém.

 

Basta de precarização do trabalho! Fim da terceirização e efetivação imediata de todxs xs terceirizadxs sem necessidade de concurso público!

 

Por vagas nas creches para estudantes e trabalhadoras efetivas e terceirizadas de acordo com a demanda!

 

Impulsionar a criação de uma Secretaria da Mulher no nosso CA e politicas unificadas com a Secretaria de Mulheres do Sintusp!

 

Acesso e Estrutura de Poder

 

Defendemos Cotas proporcionais como parte da luta pelo fim do vestibular! Estatização de todo o ensino privado sem indenização!

Queremos democratizar radicalmente essa Universidade defendendo uma Estatuinte organizada desde as bases, composta proporcionalmente por funcionários, estudantes e professores, com o fim do Conselho Universitário e dessa reitoria que só serve aos interesses privados.

 

Que a Reitoria e burocracia acadêmica arquem com a crise da Usp, e não os estudantes e trabalhadores! Nenhum corte de Bolsas! Nenhuma demissão! Abertura imediata dos livros de conta da Universidade e Fundações! Mais verbas para educação e sua melhor distribuição: Não aos supersalários dos professores, estacionamentos de milhões na Paulista, e tapetes de 30 mil reais! Não à infraestrutura precária! Basta de demissões de terceirizados, efetivação sem necessidade de concurso público!

 

 

Convidamos a conhecerem nosso programa, nós que fizemos parte/apoiamos a Maré Laranja para DCE. Por um novo CA e Movimento Estudantil, que sirvam de ferramenta para organizar a luta dos estudantes, aliados aos trabalhadores, combatendo ativamente as opressões, para dessa maneira democratizar radicalmente a Universidade!

 

 

Integram essa chapa: Ariane Reis, Leandro Rodrigues, Gabriel Piotto, Matheus Pastrello, Olívia Tamie, Paula Souza, Juliana Daguer, Lívia Arruda, Bruno Moreira, Eduardo Nogueira, Antônio Quiozini, Gabriel Lima