Eleições do centro acadêmico de história- Programa da chapa “Apologia da História”

Manifesto da chapa Apologia da História

A chapa Apologia da História surge a partir de um sentimento comum de diferentes estudantes, entre calouros/as e veteranos/as do curso de História, de que há um esvaziamento do movimento e dos espaços estudantis no nosso curso e que é preciso alterar essa lógica, fortalecendo-os e ressignificando-os. Acreditamos que é papel do movimento estudantil incluir todos/as os/as estudantes independentemente da participação ou histórico dentro do próprio movimento, abraçar e politizar suas demandas e abranger muitas e muitas vozes.

Atualmente entendemos que o CAHIS Luiz Eduardo Merlino, tem existido apenas nas reuniões e assembleias. Nós queremos que ele esteja no dia-a-dia, que caminhe lado a lado com os/as estudantes, que pense uma agenda cultural, debates, festas, no qual consiga discutir a produção de conhecimento do departamento, a profissão de historiador/a, a docência etc.

Acreditamos que somente um movimento presente, democrático e agregador tem a capacidade de ser forte e, assim, propositivo, conquistando melhorias para a vida estudantil.

Qual nossa concepção de CA?

Nós da chapa Apologia da História entendemos que o Centro Acadêmico deve ser referência para a organização, mobilização e debate entre os estudantes de história e isso só é possível com grande adesão do corpo estudantil, não só em assembleias e plenárias mas também e, principalmente, no cotidiano. Para que assim seja, é necessária a participação e construção de muitos/as, e não apenas de uma pequena cúpula que debate sozinha. O CAHIS deve ser dos/as e para os/as estudantes.

Para tanto, o CAHIS precisa estar aberto a pluralidade dos estudantes e ouvir todas as vozes dissonantes, para ser efetivamente democrático e construir o espaço e demandas estudantis além das assembleias e reuniões. Nesse sentido, frisa-se a diferença entre o que é a gestão e o que é a entidade CAHIS. Mesmo que a gestão tenha seus posicionamentos, a entidade deve manter sua autonomia e, sobretudo, contemplar a autossuficiência política de todos os estudantes. Ressaltamos assim, a necessidade de fortalecer o diálogo entre o centro acadêmico e os estudantes, para que este espaço seja de fato de todos/as nós.

Nosso nome remete à conhecida obra do historiador francês Marc Bloch, no qual o autor buscou defender e aprofundar questões relativas a História. É com essa mesma inspiração que enxergamos uma necessidade do movimento estudantil reaproximar-se dos estudantes, espaços e pautas do nosso curso. Nós, enquanto estudantes de história, devemos cotidianamente problematizar nossos meios e práticas para podermos qualificar nossos debates e ações.

Sobre a História

Atualmente temos inúmeras questões referentes ao curso e o seu espaço que não vêm sendo debatidas satisfatoriamente. É preciso que o CAHIS aumente a sua rede de comunicação com os estudantes e com as entidades que, por exemplo ocupam o Espaço Aquário, para que um melhor aproveitamento do espaço seja feito e, mais importante, que seja feito por todos/as. Os estudantes do período noturno frequentemente se sentem mal ou nada representados pelas instituições estudantis, pois muitos só tem tempo de participar da aula em si, e perdem os debates e assembleias que ocorrem. É necessário que outros canais de participação sejam abertos, pois somente uma representação que abrange o todo dos/as estudantes, é uma representação legítima. Nosso curso precisa de mais rodas de conversa, assembleias mais bem divulgadas e formas alternativas de consulta, como uma ouvidoria e plebiscitos internos.

 

Para garantirmos a participação do conjunto dos/as estudantes de História e um movimento mais democrático, o debate acerca das opressões faz-se crucial. Combater o machismo é também abrir espaço para mais mulheres participarem da vida estudantil, assim como combater o racismo e nos aprofundar nas discussões sobre políticas afirmativas de acesso e permanência na universidade, é se colocar ao lado dos/as negros/as que lutam cotidianamente por mais espaços na sociedade segregadora, e combater a homofobia é possibilitar a expressão de todo e qualquer tipo de sexualidade, para além de quem se enquadra na heteronormatividade. Por isso apoiamos veementemente o coletivo feminista Maria Bonita, o Núcleo de Consciência Negra, o Coletivo De Estudantes Negros da USP, e a organização de coletivos LGBTs, reconhecendo como prioridade o diálogo com tais entidades no combate às opressões.

Também é importante que essa rede de comunicação alcance o corpo docente e a administração do departamento, pois assim poderemos apresentar e avançar em diversas demandas, como a modernização e reforma da grade curricular que temos como alunos/as. Com uma maior integração, as demandas levadas pelos R.D.s (Representantes discentes) às plenárias departamentais, corresponderão mais aos interesses da maioria dos estudantes.

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Eleições do centro acadêmico de história- programa chapa “A Plenos Pulmões”

Chapa “A Plenos Pulmões” – Por um CAHIS aliado aos trabalhadores, proporcional e pela base!

Nesse ano de 2014, vimos por todo o país um protagonismo cada vez maior da classe trabalhadora, mostrando que Junho de 2013 não foi um levante apenas para barrar o aumento das passagens, mas que fez com que estudantes e trabalhadores voltassem a acreditar que é possível vencer! Agora, com a Copa do Mundo cada vez mais próxima, cresce o questionamento aos gastos exorbitantes com a construção dos estádios e infra-estrutura para esse megaevento, que beneficiará apenas a burguesia e os grandes empresários. Tudo isso às custas de mortes de operários nos canteiros de obras, como vimos no Itaquerão, genocídio da juventude negra, remoções violentas da polícia do Estado, turismo sexual de jovens negras, racionamento de água, apagões, e a falta de investimento na saúde, transporte e educação.

 

Na Usp, enquanto a burocracia acadêmica recebe seus super-salários e privilégios, passamos por uma crise orçamentária que já recai sobre as costas dos estudantes e trabalhadores, com cortes de bolsas de pesquisa e ensino, além de arrocho salarial e cortes de terceirizados.

 

Tanto dentro quanto fora da Universidade, é a juventude e a classe trabalhadora que arcam com as crises e os cortes de gastos dos Governos Federal e Estadual para garantir os lucros dos empresários. Por isso, é preciso impulsionar um Movimento Estudantil que, desde as bases, se auto-organize e se alie aos trabalhadores, para que unidos enfrentemos esses ataques!

 

                                   Para democratizar a gestão, que ela seja Proporcional!

 

Acreditamos que uma gestão de CA deva ser proporcional, e não majoritária, como vem sendo nos últimos anos. Isso significa que a gestão não seria composta apenas pela chapa vencedora, com a maioria dos votos, mas por todas as outras que participaram do processo de acordo com a proporção de votos que recebeu.

A gestão proporcional para nós está ligada a uma outra concepção de entidade. Não achamos que uma entidade deva servir aos interesses individuais de qualquer que seja o setor do movimento estudantil, assim como vem sendo nosso CA e nosso DCE, que se afastam cada dia mais da base dos estudantes. As entidades estudantis devem ser uma ferramenta de organização dos estudantes e de debate político sobre as saídas que queremos dar para as questões de dentro e fora da universidade. Para isso, achamos necessário que as diferentes concepções de como responder a essa realidade possam se colocar a prova para que todos possam fazer experiência com essas posições.

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Prestação de contas CAHIS

Data valor Referente
JANEIRO    
24/01 -1580,00 Camisetas da Calourada
FEVEREIRO    
03/02 -80,00 Camisetas
  -300,00 Calourada Unificada
11/02 -150,00 Bottons
11/02 -51,60 Apito e barbante
10/02 -57,45 Material de limpeza
11/02 -102,10 Materiais (tinta, Kraft, durex, pinceis)
12/02 -500,00 Cervejas e gelo (para cervejada do cahis e como doação para a cervejada do coletivo feminista)
13/02 +1280,00 Camisetas
13/02 +184,75 Cervejada
18/02 -150,00 Cia Kiwi de teatro (atividade da calourada)
MARÇO    
12/03 -300,00 Doação: 5 Reunião do grupo de trabalho de universidade popular
13/03 -63,50 Materiais (cartolina,tinta, caneta, durex)
  -80,00 Doação encontro de negros e negras da CSP-Conlutas
ABRIL    
  -150,00 Eleições do DCE
04/04 +40,00 Camisetas
  500,00 Geladeira e transporte da geladeira (300,00+200,00)
14/04 -31,90 Materiais para a pintura do CAHIS
28/04 +650,00 Referente a março (Copiadora Aquário)

30/04

-380,00 Vidro da sala do cahis
Falta receber +650,00 Referente a março (Copiadora L&M)
MAIO    
     
     
     

Caixa inicial: 2960,00

Caixa final: 637,00 + 650,00 (falta receber)

Ata da reunião do Cahis – 22/04/2014

1)      Realização da atividade 40 anos da Revolução dos cravos dia 5/5/2014 às 18 horas no auditório

 

Encaminhamentos: Trazer nomes para compor a mesa na próxima reunião ordinária (29/4)

 

2)      Método do funcionamento da atividade de formação para as eleições do CAHIS “Concepção de Centro Acadêmico” (23/4)

 

Encaminhamentos: Roda de Conversa com fala inicial do JP e da Joice sobre o que é Centro acadêmico e como ele funciona,  sobre o Congresso de estudantes de História da USP e etc.

 

3)      Semana de atividade da Atlética sobre Copa do mundo, machismo, racismo, homofobia e mercantilização do esporte

 

Encaminhamentos: Incorporação do CAHIS na semana de atividades; participação na próxima reunião da atlética de organização da semana junto com outros centros acadêmicos (28/4, às 18 horas); para a próxima reunião ordinária (29/4): aprofundarmos o debate e trazer pautas, propostas e assuntos que possam ser tratados na semana de atividades da atlética

 

Edital das eleições para o Centro Acadêmico de História

-Estão abertas as inscrições de chapas para as eleições de gestão do centro acadêmico de história – CAHIS 2014.

-Todas as chapas deverão apresentar uma carta-programa, contendo até 5 páginas. As cartas programa devem ser enviadas para o e-mail cahislemerlino@gmail.com até o dia 9 de maio.

-Todas as chapas deverão ter no minimo 5 integrantes.

-A inclusão de membros nas chapas ocorrerá até o dia 9 de maio de 2014.

-Todos os integrantes das chapas deverão entregar atestado de matrícula na Copiadora Aquário até o dia 9 de maio de 2014.

-Todos os programas das chapas serão enviados para o e-mail institucional de todos os alunos no dia 12 de maio, e serão divulgados no blog  e no perfil do cahis no facebook a partir do dia 10 de maio.

-As eleições acontecerão dos dias 13 à 15 de maio de 2014, com urna aberta na rampa das 13h às 23h.

 

Comissão eleitoral

NOTA DE DENÚNCIA E REPÚDIO AO MACHISMO E À HOMOFOBIA NO AMBIENTE UNIVERSITÁRIO

* Nota dos estudantes de Relações Internacionais

Na madrugada deste sábado, dia 29 de março, ao final da festa CRIME,
organizada pelas Atléticas do curso de Relações Internacionais e do Instituto de
Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo, houve uma série de ocorrências/
violências de cunho machista e homofóbico. Em um primeiro momento, um grupo de
homens assediou várias mulheres, com palavras e incitações a atividades sexuais. Logo
em seguida, reuniram-se ao redor de duas garotas (que preferem não se identificar), e
tentaram agarrá-las e levá-las à força para um local afastado, com o objetivo de estuprá-
las. Foi preciso a intervenção de colegas homens para evitar tais abusos. Logo após, o
mesmo grupo passou a dirigir insultos homofóbicos ao estudante de Relações
Internacionais Cristiano Ferraz, que, incomodado, respondeu aos agressores. Um deles
deu um soco em sua nuca, derrubando-o no chão, enquanto os outros continuaram a lhe
insultar, ao que Cristiano respondia que estavam sendo homofóbicos. Antes que a
situação se agravasse outros estudantes de RI o ajudaram e levaram-no para longe dali,
já que alguns dos agressores continuavam tentando atacá-lo com socos e pontapés,
furando o bloqueio feito em volta de Cristiano.
Essas ocorrências, dadas no âmbito universitário, ambiente que deveria,
supostamente, ser um lugar para questionar o senso comum, são reflexo da sociedade
em que a universidade está inserida: o que ocorreu é apenas consequência latente do
machismo, da homofobia e de diversas outras formas de opressão características da
nossa sociedade. Não podemos enganar-nos pela ideia de que a universidade é uma
bolha na qual não são reproduzidas as opressões que assolam mulheres, LGBTTs,
negrxs e outros setores oprimidos da sociedade. Tampouco podemos relativizar e
diminuir a gravidade dos casos que aqui ocorrem somente por serem praticados por uma
elite supostamente esclarecida: essas situações acontecem com frequência em festas,
eventos e outros espaços da universidade.

Não importa se os agressores desta madrugada eram ou não estudantes da USP:
em qualquer situação, não podemos aceitar que pessoas sejam agredidas e humilhadas,
em virtude de seu gênero, orientação sexual, cor ou classe social. O cotidiano das
vítimas da opressão é permeado por uma constante luta contra a situação de humilhação
e rebaixamento à qual são submetidas com frequência. Tais opressões devem ser
combatidas diariamente, seja na universidade ou fora dela. Dessa forma, acreditamos
que a constante denúncia pública de tais atos é de vital importância e incentivamos a
intervenção crítica nos espaços em que sejam detectadas práticas de violência e
opressão.
Portanto, o Núcleo de Mulheres de Relações Internacionais da USP, o Grupo
LGBT* de RI e o Centro Acadêmico Guimarães Rosa acusam os agressores de
praticarem crime de ódio, violência física e sexual, assim como repudiam a homofobia,
o machismo e outras formas de opressão, que motivam essas ações e várias outras
cotidianamente na nossa sociedade.

Regimento da eleição da representação discente para os órgãos colegiados da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

 

Título I – Das disposições gerais

 

Art. 1º – A escolha da representação discente junto
aos órgãos colegiados da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências
Humanas será realizada através de eleição direta disciplinada por este
Regimento.

 

Art. 2º – A consulta que trata o artigo anterior será realizada nos dias 08, 09 e 10 de abril de 2014.

 

Art. 3º – A consulta eleitoral será organizada por uma Comissão Eleitoral, designada pelo Conselho de Centros Acadêmicos da FFLCH-USP.

Título II – Dos cargos

 

Art. 4º – A representação discente tem direito a ocupar 20 (vinte) vagas, na seguinte distribuição:

 

I. Congregação: 08 (oito), sendo 05 (cinco) reservadas à Graduação e 03 (três) reservadas à Pós-Graduação;

 

II. Conselho Técnico-Administrativo (CTA): 01 (um);

 

III. Comissão de Graduação (CG): 02 (dois);

 

IV. Comissão de Pós-Graduação (CPG): 05 (cinco);

 

V. Comissão de Pesquisa (CPq): 01 (um);

 

VI. Comissão de Cultura e Extensão Universitária (CCEx): 01 (um)

 

VII. Comissão de Cooperação Internacional (CCInt): 02 (dois)

Título III – Dos eleitores

 

Art. 5º – São considerados aptos a votar os
estudantes regularmente matriculados nos cursos de Graduação e nos
Programas de Pós-Graduação da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências
Humanas da Universidade de São Paulo.

 

Parágrafo Único – Graduandos estão aptos a votar apenas nas chapas da Graduação, e pós-graduandos apenas nas chapas da Pós-Graduação.

Título IV – Dos Candidatos

 

Art. 6º – Poderão se candidatar todos os estudantes
regularmente matriculados nos cursos de Graduação e nos Programas de
Pós-Graduação da Faculdade, à exceção dos integrantes da comissão
eleitoral, e que tenham cumprido, no mínimo, 12 (doze) créditos nos dois
últimos semestres imediatamente anteriores (conforme o disposto no Art.
224 do Regimento Geral da USP).

 

Parágrafo Único – As exigências do caput do presente artigo não se aplicam aos estudantes de primeiro ano.

Título V – Da inscrição de chapas

 

Art. 7º – O período de inscrição de chapas fica
estabelecido entre os dias 01 e 07 de abril de 2014, no Centro Acadêmico
de Estudos Linguísticos e Literários “Oswald de Andrade” (CAELL), das
09h00 às 13h00 e das 18h00 às 21h00 e no Centro Acadêmico de Filosofia
“Prof. João Cruz Costa” (CAF), das 13h00 às 20h00.

 

Art. 8º – A inscrição de chapa será feita mediante o
preenchimento de formulário oferecido pela Comissão Eleitoral, e a
apresentação da documentação exigida.

 

Art. 9º – No ato da inscrição, a chapa deverá apresentar a seguinte documentação, de todos os integrantes:

 

I. Comprovante de Matrícula;

 

II. Documento oficial com foto (original e cópia);

 

Art. 10 – As chapas se comprometerão, no ato da inscrição, a acatar o Regimento Eleitoral.

Título VI – Das chapas

 

Art. 11 – As chapas serão divididas em dois grupos, a saber, Graduação e Pós-Graduação.

 

Parágrafo Único – As chapas poderão apresentar candidaturas a todos os cargos, exceto à representação na Congregação.

 

Art. 12 – As chapas deverão ser compostas por, no mínimo, 06 (seis) integrantes, e não há número máximo.

 

Parágrafo Único – A composição da chapa deverá ser sempre em número par.

 

Art. 13– As chapas não deverão discriminar, no ato
de inscrição, os cargos que lhe interessem ocupar, e nem veicular tais
intenções durante a campanha.

 

Parágrafo Único – Cada candidato poderá ocupar apenas um cargo, seja titular ou suplente.

 

Art. 14 – É de responsabilidade da chapa indicar e assegurar a suplência de cada candidato titular eleito.

Título VII – Da representação da Graduação na Congregação

 

Art. 15 – Os cinco representantes da Graduação na
Congregação deverão ser eleitos diretamente por seus pares em
assembleias de curso ou em reuniões abertas dos Centros Acadêmicos nas
quais todos os estudantes do curso tenham direito a voz e voto, com o
devido registro em ata e contagem dos atos.

 

Parágrafo Único – As reuniões que forem deliberar
acerca da representação na Graduação  deverão ter sua pauta amplamente
divulgada, com pelo menos uma semana de antecedência.

Título VIII – Da Comissão Eleitoral

 

Art. 16– A Comissão Eleitoral será composta por, no
mínimo, um representante de cada Centro Acadêmico da Faculdade e um
membro da APG – Capital.

 

Parágrafo Único – Em caso de indisponibilidade de
qualquer um dos Centros Acadêmicos, ou da APG – Capital em designar um
membro à Comissão Eleitoral, fica a cargo da entidade indicar um
estudante do curso respectivo à composição da Comissão Eleitoral.

 

Art. 17 – A Comissão Eleitoral será definida pelo Conselho de Centros Acadêmicos, em sessão convocada com este fim.

 

Art. 18 – Compete à Comissão Eleitoral:

 

I. Cumprir e fazer cumprir este Regimento;

 

II. Oficializar e divulgar o registro das chapas e seus membros;

 

III. Coordenar e oficializar todo o processo eleitoral a que se refere este regimento;

 

IV. Estabelecer o número e os locais de mesas de votação;

 

V. Compor a mesa de votação;

 

VI. Apurar, homologar, proclamar e divulgar o resultado da eleição;

 

VII. Estabelecer uma central eleitoral para guardar as urnas;

 

VIII. Fiscalizar e guardar as atas dos mesários;

 

IX. Resolver os casos omissos;

 

X. Fazer valer o calendário constante neste Regimento

Título IX – Da votação

 

Art. 19 – O voto será secreto, facultativo e em urna.

 

Art. 20 – O eleitor poderá votar apenas em sua seção eleitoral, isto é, na mesa de votação do seu curso.

 

Art. 21 – A votação será realizada em cédula eleitoral, entregue pela Comissão Eleitoral.

 

Art. 22 – As cédulas serão válidas apenas após
rubricadas pelos mesários (no mínimo dois em cada mesa eleitoral) e com,
ao menos, um carimbo no verso.

 

Art. 23 – Ao final de cada dia de votação, todas as
urnas devem ser lacradas, na presença de, pelo menos, 01 (um)
representante de cada chapa e 01 (um) membro da Comissão Eleitoral.

Título X – Da apuração dos votos

 

Art. 24 – A apuração dos votos será pública e
realizar-se-á no dia 10 de abril de 2014, após o encerramento do período
de votação, a partir das 23h00, na sala do CAF.

 

 Art. 25 – Os trabalhos de apuração serão realizados
pela Comissão Eleitoral, sem interrupção, até a proclamação do
resultado, que será registrado de imediato em ata lavrada e assinada
pelos integrantes da Comissão Eleitoral.

 

Parágrafo Único – A conferência das cédulas será
acompanhada por 01 (um) integrante de cada chapa inscrita no processo, e
um membro da Comissão Eleitoral.

 

Art. 26 – As urnas somente serão abertas após a
constatação da integridade do lacre, da presença da respectiva lista de
eleitores e da folha de ocorrências.

 

Parágrafo 1º – A mesa apuradora deverá conferir
inicialmente o número de votos com o número de votantes constantes na
ata e nas listas de presença.

 

Parágrafo 2º – Far-se-á a apuração dos votos nos
casos em que o número de votos seja igual ou com diferença de até 5% dos
votos (assinaturas) registrados em ata.

 

Art. 27 – Será anulada a urna que:

 

I. Apresentar, comprovadamente, sinais de violação;

 

II. Apresentar número de cédulas superior ou inferior em mais de 5% ao de assinaturas;

 

III. Não estiver acompanhada das respectivas listas de eleitores e folha de ocorrências.

 

Art. 28 – Será anulada a cédula que:

 

I. Não contiver a rubrica dos mesários ou carimbo;

 

II. Não corresponder ao modelo oficial, oferecido pela Comissão Eleitoral.

 

Art. 29 – Serão considerados nulos os votos em cujas cédulas contiverem:

 

I. Mais de uma chapa assinalada;

 

II. Rasuras de qualquer espécie e que comprometa o voto;

 

III. Qualquer caractere fora do espaço designado ao preenchimento;

 

IV. Qualquer notação que permita identificação do votante;

 

Art. 30 – Será considerado branco o voto que não tiver chapas assinaladas, e sem rasuras.

Título XI – Da distribuição de vagas

 

Art. 31 – A distribuição das vagas nas Comissões Estatutárias obedecerá ao critério de proporcionalidade.

 

Art. 32 – Caberá a cada chapa indicar os integrantes que ocuparão as vagas que obtiver.

 

Art. 33 – As vagas das Comissões Estatutárias serão
consideradas em conjunto, sendo distribuídas conforme o critério de
proporcionalidade, sendo assegurada à chapa mais votada a prerrogativa
de escolher, por preferência, as vagas que deseja ocupar.

 

Art. 34 – Não haverá empate técnico em caso de
Comissões com número impar de vagas, ficando a vaga sobressalente
assegurada à chapa com maior votação, independente da diferença.

Título XII – Das responsabilidades dos representantes discentes eleitos

 

Art. 35– Os Representantes Discentes eleitos ou
indicados se comprometerão a comparecer nas reuniões de seus respectivos
colegiados e a apresentar a seus pares as atas de tais reuniões.

 

Parágrafo 1º – O representante discente que se
ausentar em mais de duas reuniões consecutivas de seu colegiado sem
justificativa será impugnado.

 

Parágrafo 2º – Em caso de impugnação de
representante titular, o seu respectivo suplente assumirá a
titularidade, e um novo suplente será pela chapa.

 

Parágrafo 3º – Caso não haja outros membros na chapa
a indicar ao cargo vago, caberá ao Conselho de Centros Acadêmico
definir os critérios para indicação de novo representante, de modo a não
deixar o cargo vago.

 

Art. 36 – No caso do não preenchimento total de
vagas, o Conselho de Centros Acadêmicos avaliará a necessidade de
realizarem-se eleições complementares.

 

Parágrafo Único – As eleições complementares serão realizadas apenas para preencher as vagas remanescentes.

Título XIII – Disposições Finais

 

Art. 37 – A Comissão Eleitoral resolverá os casos omissos neste Regimento.

 

Art. 38 – Quando a Comissão Eleitoral não conseguir
resolver os casos omissos, ou eles forem muito controversos,
convocar-se-á uma reunião do Conselho de Centros Acadêmicos da Faculdade
para julgá-los.

 

 Art. 39 – Caberá ao Conselho de Centros Acadêmicos
empossar os representantes eleitos, titulares e suplentes, e resolver os
demais assuntos relacionados à eleição.

 

Art. 40– Os mandatos se estendem até o fim de novembro de 2014, quando deverão ser convocadas novas eleições.

 

Art. 41 – O próximo processo eleitoral deverá ser finalizado, obrigatoriamente, antes do fim do mandato dos representantes em exercício.

 

Art. 42– Caso algum cargo não seja contemplado pelas
chapas, caberá ao Conselho de Centros Acadêmicos definir os critérios
para sua ocupação.

 

 

 

Conselho de Centros Acadêmicos da FFLCH-USP

 

São Paulo, 28 de março de 2014.

Prestação de contas 2013

caixa pós-calourada: 15,93 (prejuízos com camiseta e festa da fflch)

 

TOTAL:  9.  615,93

 

Gastos:

300,00 II Festival do Cão

61,28 Materiais 20/03/13

19,90 Materiais 08/04/13

51,48 Materiais 08/04/2013

30,00 Transporte e alimentação dos convidados da associação de moradores em situação de rua (para atividade pré-congressual da história)

300,00 fiança (trabalhador negro da POLI espancado e acusado injustamente de roubo)

1000,00 ajuda de custo aos 18 estudantes que foram ao II Congresso da ANEL

25,60 Materiais – Marcha das Vadias

95,80 Materiais

100,00 Doação festa “Fora Feliciano”

116,10 Materiais

300,00 Fiança (presos nos atos contra o aumento da passagem)

1800,00 Projetor do AMORCRUSP (o deles foi roubado na sala do cahis no ano passado)

66,80 Materiais de limpeza

109,25 Materiais

40,00 Chaves do cahis (foram distribuídas em reunião ordinária)

9,90 Materiais

28,50 Extensão

76,30 Materiais

300,00 ajuda de custo as 4 estudantes que foram ao I encontro do MML

55,50 Materiais

100,00 cota DCE referente ao mês de junho

100,00 cota DCE referente ao mês de agosto

100,00 cota DCE referente ao mês de setembro

100,00 cota DCE referente ao mês de outubro

150,00 fundo de greve

87,10 materiais

150,00 Megafone

4,50 Pilhas

50,00 spray para camisetas (oficina da greve)

136,10 Materiais

300,00 Doação para o Tortura Nunca Mais

20,00 estacionamento (JP)

400,00 III Festival do Cão

64,00 microfone

 

 

Final : 2960,00           

Ata do CCA da FFLCH – 28/03

CCA FFLCH, 28 de março. CAs presentes: CAF, CAELL, CeUPES, CAHIS, CEGE

 

Pautas:

  1. Eleições de RDs da FFLCH e Congregação
  2. Questão da instalação das câmeras de vigilância na FFLCH
  3. Assembleia geral (ou da FFLCH)

Informes:

– Comissão de discussão sobre a instalação de câmeras já formada na última congregação da FFLCH por um funcionário, um professor e um estudante da pós graduação. Propostas dos estudantes a serem tiradas até dia 02 de abril.

-Convite do CEGE: política de aliança com o acampamento do MST de Itapevi, sessão de cinema no sábado, encontrar no bandejão às 15h para concentração de ida ao assentamento.

-Eleições do DCE: pedido de doação para a organização das eleições do DCE, que ocorrerão em 8, 9 e 10 de abril. Foi tirado em CCA geral que a comissão gestora do DCE vai organizar as eleições do DCE e quaisquer outras necessidades que surgissem para executar a cargo da comissão gestora do DCE.

-Leitura do relato da estudante Gabriela sobre agressão à travesti do curso de Filosofia no Espaço Verde a ser assinada pelo CCA da FFLCH. Moção de repúdio assinada pelo CCA da FFLCH a ser anexada à carta de relato e assinatura de apoio ao relato da estudante pelos CAs: todos os CAS assinam. Pedido de que os CAs divulguem nas bases dos cursos a denúncia da estudante.

-Agressão de um segurança a um morador do CRUSP, proposta de fortalecimento de uma comissão de acesso e permanência da FFLCH. Proposta de reunião da Comissão de Acesso e Permanência da FFLCH no mesmo dia da comissão de permanência do CEGE (CEGE se compromete a enviar a data). Proposta de pauta para a próxima reunião de acesso e permanência: questão de que na eleição da nova gestão do AMOR CRUSP os calouros estão impedidos de votar.

-Caso de agressão à estudante, no fim do ano passado, à estudante Suzane, da História. Campanha empreendida pelo coletivo feminista de ajuda financeira para o tratamento de fisioterapia da estudante. Porém houve um caso de roubo de parte do dinheiro arrecadado envolvendo estudantes que participam da Bateria Manda Chuva, da atlética da FFLCH. Alguns CAs pressionaram a bateria com notas de repúdio. CAs já aprovaram em reuniões que só convida a Manda Chuva para tocar numa festa se a Atlética e a Bateria soltarem uma nota explicativa. Redação de uma nota assinada pelo CCA da FFLCH em caráter de denúncia e com pedindo posicionamento político e pedido de providências para a Atlética e da Manda Chuva (Nota a ser redigida por mulheres, CAELL envia a nota para o email dos CAs para as possíveis alterações – até segunda-feira).

Pautas:

Eleição de RDs: Proposta do CAF: junto com as eleições para DCE. Que os RDs da Congregação, uma vez que se trata da representação de cada curso, sejam eleitos segundo os critérios de cada deliberação de curso (assembléia, votos em urna por chapa, reunião aberta…), sendo feita em reunião aberta ou assembleia, fazer ata da reunião e da assembléia com numero de votos contabilizados em ata. Já os RDs para as comissões da FFLCH, eleições por voto proporcional em chapa.

Acordo consensual com a estrutura das eleições. Abstenção do CEGE.

Segunda a sexta da próxima semana: inscrições de chapas para os RDs da FFLCH.

Acordo consensual com a data: semana que vem abertura de chamada para inscrição de chapas, a partir de terça-feira e eleições em 8, 9 e 10 de abril.

(CAF publica o regimento alterado a partir de segunda-feira na lista de e-mails, os CAs se comprometem a ler o regimento até segunda-feira a noite e divulgar o regimento nas bases do curso o mais amplamente possível – indicação de divulgar na pós-graduação a data das eleições para que as eleições corram afinadas em conjunto com o processo da pós-graduação).

-Enviar o edital de inscrição de chapa no e-mail institucional dos alunos matriculados – pedido para a assistência acadêmica de divulgação nos emails institucionais (CAF).

-Questão das câmeras: proposta do CAF: levar para a comissão formada pela congregação – plenária que garanta a participação dos funcionários e dos funcionários terceirizados no processo de discussão sobre a instalação de câmeras nos prédios da FFLCH. Portanto, a realização de uma plenária de discussão dos três setores e um plebiscito deliberativo, com voto universal, participação dos três setores e com participação dos funcionários terceirizados. S

Sendo assim, divulgação ampla entre os funcionários terceirizados para a participação em voto dos funcionários. (abstenção do CEGE na realização do plebiscito – acordo dos demais CAs)

-Email para o professor Manuel Andrade da Geografia (CEGE): os estudantes, em reunião, julgam a necessidade de participação no processo deliberativo sobre a instalação de câmeras nos prédios da FFLCH  e discutiram a realização de um plebiscito que só faria sentido com a participação dos funcionários terceirizados em tal processo, assim como os CAs discutiram uma proposta de plenária de discussão das três categorias. Bem como perguntar o horário da reunião da comissão no dia 31, reinvindicando que esta primeira reunião seja apenas informativa.

-Campanha conjunta dos CAs da FFLCH contra a instalação das câmeras nos prédios da unidade, com reuniões de discussão e qualificação da pauta, debates sobre repressão, debate sobre a própria questão das câmeras. Fica o compromisso em geral de articulação de uma campanha conjunta.

-Assembleia da FFLCH em 03 de março – divulgação ampla para todos os cursos, especialmente a EACH, com convite de participação de voz e voto de outros cursos, dado que assembléia geral não foi convocada pela comissão gestora do DCE.

CeUPES faz o cartaz de divulgação da assembléia e se compromete a enviar até domingo para o e-mail.

CAF escreve o email de convite aos CAs para a assembléia e se compromete a enviar até domingo.

 

Relato de agressão a uma estudante travesti da filosofia

Durante a Festa dos Batuques Verdes, ocorrida no dia 14/03 no Espaço Verde, – ironicamente após um debate organizado pela Frente LGBT* discutindo sobre as dificuldades sofridas por pessoas que desafiam os próprios gêneros – fui agredida.
Sou travesti há meses e tenho medo cotidiano de ser agredida na rua. Medo de apanhar, de ser esfaqueada ou de qualquer outra forma utilizada pelo patriarcado para destruir a vida de alguém. Portanto, exceto em casos raros, só consigo me travestir na USP. Não me beneficio com essa situação: pelo contrário, minha estima é destruída. É uma questão de escolha, afinal. Ou me submeto ao risco de agressão ou uso as roupas que desejo. De uma forma ou de outra, não conseguirei me acalmar. Mas, na USP, achei que ao menos não chegariam a tocar em mim. Já ouvi coisas, mas nunca me bateram, até a data da festa, ironicamente levada adiante por mim.
Então, eu dançava. Apenas dançava. O Espaço Verde estava quase completamente vazio, exceto por algumas pessoas no CAF, pelo que me lembro. Sem motivos, sou abordada por outra mulher e tenho de ouvir: “você não é mulher”. Naturalmente, insisti na minha identidade, livre de dúvidas. Ela tornou a me questionar e, como não cedi da minha identidade, ela tentou arrancar minha saia para expor minha genitália. Fora o absurdo do ato de expor à força a genitália de alguém em público, não sou definida nem ninguém é por um pedaço do corpo. Como a agressora não conseguiu me despir, usou sua mão para descobrir qual era meu órgão sexual. Consegui me desfazer dela e corri ao CAF para chamar as amigas que lá estavam. Não ousei permanecer ao lado da agressora e ela foi expulsa da festa. Antes da expulsão, ouvimos, eu e as amigas que foram me ajudar, que eu deveria engravidar para ser mulher. Exatamente, mulher é quem está grávida ou já engravidou alguma vez na vida.
Passada a sensação de surrealismo, tornei a dançar. Afinal, tinha o Espaço Verde quase todo vazio e uma playlist escolhida minuto a minuto. Não havia oportunidade melhor para exorcizar os demônios sociais que sou obrigada a engolir. Após muito tempo, não faço ideia de quanto, fui ao CAF buscar água. A agressora estava na porta. Quando passei por ela, recebi um tapa nas costas. O barulho assustou a todos. Apenas gritei “ela me agrediu!”. Prontamente, as mesmas amigas, mulheres cis, vieram me ajudar. Elas ouviram bobagens como “advogar para os outros é coisa de burguês”. Conseguiram a expulsar novamente e, claro, a festa estava oficialmente encerrada ali.
Uma pessoa, questionadora de gênero, acompanhou toda a situação e também ficou em estado de choque, afinal essa pessoa também poderia sofrer o mesmo tipo de agressão dentro do único lugar que parecia seguro.
Se formos manter a barbárie, então seria melhor voltar à selva. Afinal, ali há apenas as leis naturais. O mais adaptado sobrevive. O menos adaptado morre, mas morre com o espírito em paz, pois essa é a lei natural. Não faz sentido sair da natureza para eliminar o processo de seleção natural apenas para manter uma vida de sofrimento e opressão das pessoas que são mal adaptadas. Ressalto que a adaptação, no meu caso e em muitos outros, é arbitrária. O grupo dominante, os tiranos, escolhem quem sofrerá rejeição, quem sofrerá julgamentos, quem viverá na barbárie social. Eu fui escolhida pelo grupo dominante, pelo patriarcado. A minha agressora foi escolhida pelo grupo dominante, pelo patriarcado. Mas minha agressora prefere o papel de tiranete do patriarcado, cuja função é aceitar a opressão para poder oprimir. Uma espécie de desejo doentio em oprimir, com força para submeter a própria dignidade ao desejo. Exemplo concreto: ao ter minha genitália na mão da agressora, a afastei de mim e perguntei: “você gostaria que alguém tentasse tirar sua roupa e passasse a mão em você?”. Ela respondeu que sim.
Ela é Débora Paula da Silva, mora no CRUSP e, segundo o Facebook, está na segunda graduação, aparentemente de Letras.

Gabriela Perini Bortoletto, estudante travesti da Filosofia.